Paulinas COMEP

"A Vida Num Segundo" se divide entre o peso do rock e a suavidade das baladas. Quando a banda resolve pesar a mão, nota-se uma forte influência do heavy metal, mas há muito daquele rock dito mais moderno nas composições. "Maluko (ILM II)", por exemplo, não só abre o disco como serve como cartão de visitas para cada um dos músicos, que mostram toda sua habilidade nos respectivos instrumentos. Mesmo assim, a banda consegue fazer de um tema intrincado uma música que agrada logo de cara - ponto para o Ceremonya.
E se temas como "Espera", "Escolho Não Chorar" e "Meu Final Te Entreguei" são baladas que apresentam o lado mais melódico do quinteto, "Construído em Deus", com seu ritmo quebrado, e "Tudo O Que Vivo", que beira o prog metal, mostram que o DNA da banda é 99% heavy metal.
E como estamos falando de metal, nada como ter especialistas cuidando da parte técnica. Assim, a dupla Marcelo Pompeu e Heros Trench, do Korzus e do estúdio Mr. Som, responde pela produção, sendo que Heros também cuidou da edição, masterização e mixagem. Pompeu, por sua vez, assina alguns arranjos junto com a banda e ainda participa de "Maluko (ILM II)".
Aliás, um grande destaque no álbum está nos arranjos. Até temas mais simples receberam adornos musicais que os transformam em música da mais alta qualidade - esse é um aspecto de tamanha importância para o Ceremonya que os nomes dos arranjadores são citados junto a cada música na ficha técnica do disco.
A capa, por sua vez, assinada por Carlos Fides, baseia-se num conceito concebido pelo tecladista Nei Medeiros e resume a ideia central do álbum.
"A Vida Num Segundo" é muito mais que um disco. É a reafirmação de um grande músico como Danilo Lopes, que durante um bom tempo se manteve afastado do público secular, e a afirmação de uma grande banda chamada Ceremonya.
Consuma sem cerimônia...
Antonio Carlos Monteiro
Jornalista e crítico musical
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